Pasárgada é o recanto das vagas reminiscências, dos sonhadores mais utópicos, das idéias mais arrebatadoramente belas...
Em Pasárgada o ar é suave, os sentimentos são bons e abrasivos, a terra é fértil, a água é azul celeste, o céu é infinito e... Oh, podemos tocá-lo!
Em Pasárgada não precisamos ser amigos do rei, pois cada um é rei de seus próprios sonhos dourados!
Deixe-se levar pela brisa e navegue pela minha Pasárgada...
Já que Pasárgada é a inspiração desse nascente blog, não poderia deixar de postar o poema do Manuel Bandeira
Vou-me Embora pra Pasárgada
“Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.”
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.”
3 comentários:
Parabéns pela iniciativa, ter um blog é dividir suas idéias com quem se interesse por elas. E existem, isso é o legal.
Escreva!!
Meu blog é:
http://bloguedopeter.blogspot.com/
Aquele que está com o meu nome é o do Emerson Luis, "Nas Retinas", outro ótimo blog.
Abraços bloguinianos,
Peter
Adorei seu blog! Mantenha-o sempre ativo. Beijos
Que orgulho! e como escreve bem. Te amo cara!
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